No passado fim-de-semana foi tempo de regressar à nobre vila serrana de Manteigas. É daqueles locais no nosso Portugal que nos enche o coração e nos deixa, na hora do adeus, com uma vontade tremenda de regressar.
Os motivos que me levam a Manteigas são variados ao longo dos anos. Os amigos e a paisagem de cortar a respiração são as principais razões que me levam até à pitoresca vila serrana. Este fim-de-semana, porém, o motivo foi outro, ou não fosse por lá que se realiza anualmente um dos principais festivais de fotografia de paisagem natural em Portugal, o Imaginature.
Esta 9ª edição, foi mais um exemplo de uma organização imaculada a todos os níveis. A equipa organizadora presenteou a todos com duas grandes novidades na edição deste ano. A feira do livro de fotografia, uma iniciativa que se pretende consolidada nas próximas edições e o jantar convívio entre organização, palestrantes e público. Uma ótima forma de convívio entre todos os que ajudam a tornar este festival um enorme êxito. Os números comprovam, de forma científica, aquilo que salta à vista de todos e até dos mais distraídos, que é o consolidar deste festival como um dos mais importantes e relevantes do género no panorama nacional.
Nesta 9ª edição vários foram os recordes batidos relativamente a edições anteriores. Maior assistência de sempre presente no auditório municipal de Manteigas para assistir aos dois dias de festival e maior nº de participações no concurso de fotografia anualmente realizado e associado ao festival. Motivos mais que suficientes para deixar a organização e o município com um sorriso rasgado.
Também teve lugar durante o decorrer do festival, a 1ª exposição de fotografia do coletivo Perspetiva (revista de fotografia online), que contou com a presença dos seus 8 elementos na inauguração.
Voltando ao festival em si, o tema deste ano e por assim dizer, o mote a todos os palestrantes era a “Paisagem Narrativa” e muito prometia. Os oradores, como habitulamente acontece, não defraudaram as expetativas dos presentes, com verdadeiras narrativas fotográficas em temas diversificados. Rui Gaiola, Tiago Mateus, José L. Dinis e Mário Cruz, foram as palestras que mais me surpreenderam.
Um dos momentos altos do evento foi a habitual entrega dos prémios do concurso de fotografia, que este ano teve 2 grandes vencedores entre as várias categorias a concurso: os meus queridos amigos Mário Cunha e Jorge Almeida. O primeiro, coroado com o prémio de fotógrafo do ano e o segundo, a vencer duas das quatro categorias a concurso.
Se a face mais visível do festival são o Miguel Serra e o Luís Afonso, a verdade é que sem a equipa que os suporta, nada do que se assiste ano após ano em Manteigas seria possível. Carla, Patrícia, Afonso, Luís, Vera, Paula, entre outros, o meu muito obrigado! Vocês formam uma equipa fabulosa. Quando se faz algo com paixão e dedicação, o resultado só pode ser um – a perfeição!
Por fim, uma referência à Câmara Municipal de Manteigas, pela aposta contínua no festival de fotografia e no seu concurso fotográfico. A avaliar pelas palavras do presidente do municipio, Dr. Flávio Massano, durante a cerimónia de encerramento do festival, a aposta no evento vai continuar, deixando no ar uma ambição redobrada para a 10ª edição. A fasquia está elevada.
Sonhar não custa e esta equipa, substanciada com o apoio da autarquia local, já mostrou ao longo das anteriores edições, que o céu é o limite.
Até 2024!