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OM-1: PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Fevereiro 2, 2023

 

Ao fim de 4 meses, pude finalmente experimentar a minha última aquisição, a OM-1 da OM-System. A troca de equipamento ficou-se a dever a vários motivos, sendo um dos principais a fabulosa campanha “Trade-In, Trade-Up” levada a cabo pela marca japonesa. Podes ler mais sobre este tema AQUI!

Verdade seja dita, a ponderação na hora da mudança, foi muita. Mas a vida é feita de escolhas. A minha está feita. E neste pequeno artigo tenciono partilhar as primeiras impressões sobre a sua utilização e o que mais me surpreendeu.

O meu atual set é composto por uma máquina fotográfica OM-1, que é acompanhado por duas objetivas: M. Zuiko Digital ED 40‐150mm f2.8 PRO e a M. Zuiko Digital ED 12‐45mm f4 PRO. A juntar a tudo isto, adquiri igualmente o teleconversor MC‑20 M.Zuiko Digital 2x. Na prática, tenho uma distância focal a variar entre os 24mm e os 600mm. Mais à frente explicarei com maior detalhe.

Peso

As marcas, pelos menos muitas delas, apelam a este argumento, sobretudo no segmento Mirrorless. Aqui a minha surpresa foi de facto enorme. As primeiras saídas fotográficas foram realizadas com a OM-1, equipada com a objetiva M. ZUIKO DIGITAL ED 40-150mm f/2.8 PRO.

De acordo com as indicações da marca, o peso do corpo da OM-1 ronda as 511 gramas. A mesma fonte refere que a objetiva referida acima, pesa cerca de 760 gramas. Resumindo, um peso total de 1271 gramas. As minhas costas agradecem. Se optar fazer este exercício, com a outra objetiva que adquiri, a M. Zuiko Digital ED 12‐45mm f4 PRO, o peso final é ainda mais relevante, uma vez que esta objetiva pesa cerca de 254 gramas.

 

Estabilização

O Ibis. E não, não me refiro à cadeia de hoteis! Refiro-me ao In-Body Image Stabilization (IBIS), com os seus 5 eixos de estabilização. Quando o corpo da máquina fotográfica é combinado com uma objetiva também ela com sistema de estabilização, pode chegar aos 8 stops de compensação. Notável. As vezes que saí para fotografar desde que adquiri a OM-1, em função do motivo a ser fotografado e da hora dessas saídas fotográficas, não utilizei tripé! E partilho que em algumas dessas vezes a luz disponível era muito pouca. Na minha atual fase na fotografia, posso indicar que daqui em diante não usarei tripé em 95% das vezes que fotografar.

 

Fator de Corte

Dado o facto da OM-1 vir equipada com um micro sensor 4/3, qualquer objetiva que eu acople ao seu corpo, para saber a verdadeira distância focal da mesma, terei sempre de multiplicar por 2. À Luz do meu equipamento fotográfico, neste momento tenho duas objetivas distintas como tive oportunidade de referir num dos parágrafos acima. Na realidade, para obter a distância focal correta tenho sempre de multiplicar por 2, uma vez que é o factor de corte das máquinas fotográficas OM-System, tendo por referência um sensor full frame.

Confuso? A minha objetiva M. ZUIKO DIGITAL ED 40-150mm f/2.8 PRO, uma vez acoplada na OM-1 é na realidade uma objetiva com uma distância focal 80-300mm.

Estás baralhado? Recomendo a leitura do artigo “Fator de Corte” publicado na edição nº 7 da revista Perspetiva. Acede AQUI!

 

Teleconversor

Há situações que o longe efetivamente se pode tornar perto. Um dos motivos fotográficos que mais interesse em mim gerou nos últimos anos é o das cegonhas, que assentaram arreais um pouco por todo o nosso Portugal. Sendo um animal selvagem, não se encontra propriamente ao nosso dispor e facilmente se assusta com a presença humana. Adquiri um teleconversor para estas situações de querer tornar o longe mais perto. Um teleconversor de duas vezes. De novo a matemática. Na prática as contas são simples e dando novamente como exemplo a minha objetiva M. ZUIKO DIGITAL ED 40-150mm f/2.8 PRO. Aplicando-lhe o fator de corte, descrito no parágrafo acima, ficarei com uma 80-300mm. Se colocar o teleconversor, na prática irei multiplicar de novo por 2. Ou seja, uma 40-150mm, rapidamente passa a ter uma distância focal entre 160-600mm.

Como diria o saudoso Pessa: e esta, hein?